Bom dia meu caro amigo,
Aproveito a oportunidade para lhe repassar um pouco do conhecimento milenar pouco adaptado aos tempos politicamente corretos em que vivemos.
狂【kuáng】 mad; crazy; violent; wild; unrestrained; arrogant; overbearing.
欢【huān】 joyous; merry; jubilant.
节【jié】 section; length; festival; holiday;
狂欢节 【kuánghuānjié】 revelry; carnival.
Resumindo, acredito que não há nada que possa expressar de maneira tão clara o que é o carnaval. Enquanto em alguns lugares é totalmente normal tomar uma cervejinha na hora do almoço, aí nas terrinhas é feio e te olham atravessado. Mas no carnaval pode. Tudo pode.
É ou não é?
Saúde!
Dom
quarta-feira, novembro 26, 2008
Dom, meu camarada,
Ao contrário daí, as coisas aqui caminham devagar, como é de índole da nossa nação. A famigerada recessão, que aflige os mercados internacionais e escorre os seus líquidos incestuosos nos países de 3° escalão, freia ainda mais a nossa economia. As grandes empresas, valendo-se do momento de euforia estão fazendo uma limpeza na casa, demissões em massa e férias coletivas. Como de costume, os carinhas lá de cima continuam a encher o bolso enquanto os peões aqui de baixo suam pra parcelar os seus sonhos medíocres de final de ano.
E já que essa recessão não é o suficiente, a mamãe natureza mandou um presente para a nossa terra natal, o lugar dos nossos sonhos pueris. Chove canivetes e cutelos há 3 meses ou mais, o solo, já úmido naquelas paisagens, está desmantelando-se como manteiga no sol e derretendo carrega com ele os sonhos de uma pancada de gente. As cenas que vejo seguro na minha televisão enchem-me de aflição e me lembram mais uma vez o quão estúpidas são as nossas ações.
Mas Dom há de ser nada, em breve chega o natal com suas musicas natalinas e o seu espírito de solidariedade, misturado com álcool, festa e sonhos de ano novo. E logo ali depois tem o carnaval, pra apagar de vez qualquer lembrança de desgraça que tenha passado. Quem sabe alguma escola de samba faça um enredo bem bacana em homenagem às famílias desabrigadas e então toda a nossa nação possa dançar, beber e sonhar com os dias melhores que virão. Para depois podermos continuar a despejar os nossos esgotos nos rios Cachoeira afora, construir as nossas mansões nas encostas dos morros, dirigir os nossos carrões V6 e foder sem dó nem piedade a nossa própria mãe.
E a conta ninguém quer pagar.
Saúde!
Dick
Ao contrário daí, as coisas aqui caminham devagar, como é de índole da nossa nação. A famigerada recessão, que aflige os mercados internacionais e escorre os seus líquidos incestuosos nos países de 3° escalão, freia ainda mais a nossa economia. As grandes empresas, valendo-se do momento de euforia estão fazendo uma limpeza na casa, demissões em massa e férias coletivas. Como de costume, os carinhas lá de cima continuam a encher o bolso enquanto os peões aqui de baixo suam pra parcelar os seus sonhos medíocres de final de ano.
E já que essa recessão não é o suficiente, a mamãe natureza mandou um presente para a nossa terra natal, o lugar dos nossos sonhos pueris. Chove canivetes e cutelos há 3 meses ou mais, o solo, já úmido naquelas paisagens, está desmantelando-se como manteiga no sol e derretendo carrega com ele os sonhos de uma pancada de gente. As cenas que vejo seguro na minha televisão enchem-me de aflição e me lembram mais uma vez o quão estúpidas são as nossas ações.
Mas Dom há de ser nada, em breve chega o natal com suas musicas natalinas e o seu espírito de solidariedade, misturado com álcool, festa e sonhos de ano novo. E logo ali depois tem o carnaval, pra apagar de vez qualquer lembrança de desgraça que tenha passado. Quem sabe alguma escola de samba faça um enredo bem bacana em homenagem às famílias desabrigadas e então toda a nossa nação possa dançar, beber e sonhar com os dias melhores que virão. Para depois podermos continuar a despejar os nossos esgotos nos rios Cachoeira afora, construir as nossas mansões nas encostas dos morros, dirigir os nossos carrões V6 e foder sem dó nem piedade a nossa própria mãe.
E a conta ninguém quer pagar.
Saúde!
Dick
segunda-feira, novembro 24, 2008
Caro Dick,
As coisas por aqui vão rápido. Tudo cresce, andaimes e guindastes fazer brotar prédios ao mesmo tempo em que o inverno mostra as suas frias garras. O natal se aproxima mas estão todos pouco se fodendo pra quem foi JC - a chegada da primavera, trazendo vida nova e flores, é muito mais importante do que a morte de um camarada que se proclamou rei dos pobres e senhor dos senhores.
O capitalismo chegou para ficar, enquanto todos se preocupam com o próximo passo daqui, acredito que o Brasil vai se preparando para aliviar a panela de pressão, com mais um natal e, claro, a bonanza do carnaval.
E quem paga a conta?
Saudações,
Dom.
As coisas por aqui vão rápido. Tudo cresce, andaimes e guindastes fazer brotar prédios ao mesmo tempo em que o inverno mostra as suas frias garras. O natal se aproxima mas estão todos pouco se fodendo pra quem foi JC - a chegada da primavera, trazendo vida nova e flores, é muito mais importante do que a morte de um camarada que se proclamou rei dos pobres e senhor dos senhores.
O capitalismo chegou para ficar, enquanto todos se preocupam com o próximo passo daqui, acredito que o Brasil vai se preparando para aliviar a panela de pressão, com mais um natal e, claro, a bonanza do carnaval.
E quem paga a conta?
Saudações,
Dom.
quinta-feira, novembro 20, 2008
Caríssimo Dom,
É com regojizo, intelectual e físico, que recebo esta muito esperada correspondência.
Embora sem o charme do papel escrito, a prostituição digital nos salva da ineficiência dos correios, tanto de terras tupiniquins quanto de terras orientais.
A vida, deste lado do Oceano, ou melhor, deste lado do globo, continua girando em seus dias bons e seus dias ruins. A prostituição, que você por hora busca, e que eu há 1 ano escolhi para mim, me fode. Me fodendo entra a verdinha, e com a verdinha eu busco alternativas para esquecer a minha condição de putinha de luxo num bordel de gordos e velhos. e de velhos gordos.
Aqui, como é esperado, as pessoas também andam, cospem, peidam, comem e cagam. Mas principalmente fazem filhos. Criaturas mal nutridas, mal cheirosas e destinadas a perpetuar a estupidez que rege esta nação. O bom é que a cerveja continua gelada, o samba continua tocando; e sem que ninguém queira perder um minuto da festa de arromba a maracutaia e a safadeza continuam a todo vapor.
Sem mais por hora, espero por noticias quentinhas e molhadas da prostituição oriental, que por si só sempre me pareceu mais excitante.
Um aperto nesta bundinha loura e saudosa,
Dick
É com regojizo, intelectual e físico, que recebo esta muito esperada correspondência.
Embora sem o charme do papel escrito, a prostituição digital nos salva da ineficiência dos correios, tanto de terras tupiniquins quanto de terras orientais.
A vida, deste lado do Oceano, ou melhor, deste lado do globo, continua girando em seus dias bons e seus dias ruins. A prostituição, que você por hora busca, e que eu há 1 ano escolhi para mim, me fode. Me fodendo entra a verdinha, e com a verdinha eu busco alternativas para esquecer a minha condição de putinha de luxo num bordel de gordos e velhos. e de velhos gordos.
Aqui, como é esperado, as pessoas também andam, cospem, peidam, comem e cagam. Mas principalmente fazem filhos. Criaturas mal nutridas, mal cheirosas e destinadas a perpetuar a estupidez que rege esta nação. O bom é que a cerveja continua gelada, o samba continua tocando; e sem que ninguém queira perder um minuto da festa de arromba a maracutaia e a safadeza continuam a todo vapor.
Sem mais por hora, espero por noticias quentinhas e molhadas da prostituição oriental, que por si só sempre me pareceu mais excitante.
Um aperto nesta bundinha loura e saudosa,
Dick
terça-feira, novembro 18, 2008
Caro Dick,
Começa aqui a nossa jornada, já agora tardia e prostituída. Uma saga uma vez esperada em papel e caneta, terminada em teclado e punheta.
A vida por aqui no Oriente anda deveras diferente, todo dia que eu saio na rua, só vejo muita gente. Gente que anda, cospe, peida, come e caga. Fazem filhos e mais filhos, pequenas e inocentes criaturas em um mundo que é ansioso por devorar-lhes.
Espero as boas novas do Ocidente, com muita maracutaia e safadeza.
Grande abraço,
Dom
Começa aqui a nossa jornada, já agora tardia e prostituída. Uma saga uma vez esperada em papel e caneta, terminada em teclado e punheta.
A vida por aqui no Oriente anda deveras diferente, todo dia que eu saio na rua, só vejo muita gente. Gente que anda, cospe, peida, come e caga. Fazem filhos e mais filhos, pequenas e inocentes criaturas em um mundo que é ansioso por devorar-lhes.
Espero as boas novas do Ocidente, com muita maracutaia e safadeza.
Grande abraço,
Dom
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